Aplicações Tecnológicas
Essa seção objetiva apresentar exemplos de pesquisas que envolveram conceitos e técnicas da ABA descritos na diretriz conceitualmente sistemática, que podem ser implementadas por tecnologias já desenvolvidas ou foram utilizadas na implementação de uma tecnologia assistiva.
Tecnologia
Dispositivos móveis e web.
Descrição
O trabalho de Chien et al. (2015) propõe o iCAN, um aplicativo implementado baseado no conceito de Sistema de Comunicação por Troca de Imagens (Picture Exchange Communication System – PECS), cujo objetivos foram melhorar o processo de aplicação do PECS feito por meio de cartões ilustrados em papel e também melhorar o progresso do aprendizado cognitivo, de linguagem e comunicação. O iCAN foi testado por onze crianças com autismo, com faixa etária de 5 a 16 anos, diagnosticadas com autismo de moderado a grave e habilidades verbais comprometidas. Em comparação com a abordagem tradicional do PECS para criação e recuperação de cartões, os profissionais conseguiram realizar as tarefas de forma mais rápida. Além disso, os resultados mostraram um aumento nos comportamentos atencionais das crianças e na motivação de aprender e interagir com outras pessoas.
Descrição
O objetivo do trabalho de Radwan e Cataltepe (2016) foi desenvolver uma aplicação web que ensine o reconhecimento de diferentes objetos por meio de recursos visuais e de áudio fundamentado na apresentação de reforços visuais e acústicos para reforçar o acerto. A pesquisa foi realizada com cinco alunos diagnosticados com autismo, níveis leves a moderados, com idades de 5 a 9 anos, não apresentando outras deficiências e eram capazes de permanecer sentados entre 15 a 20 minutos enquanto realizam as atividades. Em um dos testes a criança ouviu um estímulo auditivo e foi encorajada a responder o mais rápido possível, não recebendo nenhum feedback sobre a assertividade de sua resposta. Na segunda etapa de testes, quando a criança acertava a resposta, o aplicativo apresentava estímulos visual (risos) e acústico (aplausos) para reforçar o acerto, promovendo o aprendizado. Para respostas incorretas era emitido um áudio indicando que a resposta estava errada e a criança era solicitada a refazer a atividade. Uma dica também era apresentada agitando a resposta correta horizontalmente duas vezes como forma de ajuda. Se a resposta ainda continuasse incorreta, a criança teria outra oportunidade de responder. Por fim, se a criança não conseguisse responder corretamente, a resposta correta era apresentada. De acordo com os resultados, o aplicativo atendeu as expectativas, além disso as descobertas auxiliaram no aprimoramento do processo de ensino e monitoramento do progresso do aprendizado da criança.
Descrição
O estudo de Silva et al. (2020) teve como objetivo o desenvolvimento e avaliação do mTEA, um sistema que permiti: 1) ao profissional elaborar atividades individualizadas e personalizadas utilizando o conceito de Ensino por Tentativas Discretas (Discrete Trial Teaching – DTT), de acordo com o repertório comportamental de cada estudante; 2) o registro automático do desempenho dos sujeitos com TEA; e 3) que os pais ou responsáveis realizarem as atividades com os seus filhos, em suas residências. Os testes de validação do mTEA foram realizados com cinco estudantes com TEA, com idade de 4 a 9 anos. De acordo com os resultados dos testes, o mTEA atingiu o objetivo proposto para personalizar as atividades propostas em cada currículo de ensino de cada criança, apesar de ainda ser necessário implementar algumas melhorias.
Tecnologia
Robôs
Descrição
O trabalho de Yun et al. (2016) propôs um sistema de intervenção comportamental utilizando um robô capaz de auxiliar o treinamento de habilidades sociais de contato visual básico e emoções de leitura para crianças com TEA. O sistema utiliza uma arquitetura de Interação Humano-Robô (Human–Robot Interaction – HRI), a qual foi desenvolvida baseada no Ensino por Tentativas Discretas (Discrete Trial Teaching – DTT) utilizando a Contingência Tríplice (Antecedente – Comportamento – Consequência). Funções de treinamento estruturadas capazes de fornecer diferentes tipos de feedback (reforçamento, encorajamento e pausa) foram desenvolvidas, para lidar com diferentes situações. Os experimentos envolveram oito crianças de 3 a 5 anos de idade diagnosticadas com TEA. A avaliação de desempenho e eficácia no ambiente clínico verificou a capacidade do sistema de induzir uma mudança positiva na resposta de crianças com TEA, bem como apoiar práticas clínicas baseadas em evidências.
Tecnologia
Software para Desktop
Descrição
O objetivo do trabalho de Cummings e Saunders (2019) foi fornecer aos profissionais informações de como utilizar o Microsoft Power Point 2016 para automatizar o processo de aplicação do Matching-to-sample (MTS), por exemplo, em intervenções que envolvem sujeitos com TEA. Em cada tentativa, o sistema projetado apresenta uma série de três imagens (um Estímulo Discriminativo e dois Estímulos Delta – isto é, distratores) e um áudio (estímulo modelo ou estímulo condicional). Se a criança tocar na imagem correta, um reforçador (áudio, vídeo, etc.) é apresentado pelo sistema. Caso a criança não acerte a imagem o sistema não apresenta nenhum reforço.
Tecnologia
Jogos
Descrição
O trabalho de Chien et. al (2015) propõe o iCAN, um aplicativo implementado baseado no conceito de Sistema de Comunicação por Troca de Imagens (Picture Exchange Communication System – PECS), cujo objetivos foram melhorar o processo de aplicação do PECS feito por meio de cartões ilustrados em papel e também melhorar o progresso do aprendizado cognitivo, de linguagem e comunicação. O iCAN foi testado por onze crianças com autismo, com faixa etária de 5 a 16 anos, diagnosticadas com autismo de moderado a grave e habilidades verbais comprometidas. Em comparação com a abordagem tradicional do PECS para criação e recuperação de cartões, os profissionais conseguiram realizar as tarefas de forma mais rápida. Além disso, os resultados mostraram um aumento nos comportamentos atencionais das crianças e na motivação de aprender e interagir com outras pessoas.